O insulto primário que inicia a doença nem sempre é claro.
As evidências apontam para uma predisposição genética no desenvolvimento da psoríase (o risco é de 35% se história familiar positiva; Gêmeos monozigóticos: 70 vs 20%; % risco se progenitores afectados: 4%-0 / 28%-1 / 65%-2).
Foram identificados numerosos factores implicados na activação (“triggers”) e agravamento desta doença, nomeadamente:
- Traumatismo;
- Stress;
- Infecção (bacteriana e vírica – tem-se observado frequentemente casos de surtos de psoríase “guttate” pós-estreptocócica em indivíduos HIV+);
- Clima frio (doentes psoriáticos tendem a melhorar nos meses de verão, possivelmente devido a maior exposição aos raios UV solares e aumento relativo da humidade);
- Fármacos (Li, ß-bloqueadores, anti-maláricos, corticosteróides, AINE, IFN, IECAs e a terbinafina, têm sido associados ao agravamento da psoríase, ou a um fenómeno chamado erupções psoriasis-like);
- Hipocalcemia;
- Comportamentais: tabaco e alcoolismo (o consumo de tabaco (tem sido associado a um aumento no risco e também aumento da severidade da doença. Esta associação tem tido fortes evidências essencialmente em mulheres. A cessação do hábito tabágico diminui esse risco); o alcoolismo tem sido um factor de risco para mortalidade por psoríase. O consumo de álcool diminui a resposta ao tratamento, possivelmente por pouca aderência ao tratamento por parte do doente. O uso concomitante de álcool com o metotrexato nestes pacientes tem sido associado a um aumento na hepatotoxicidade (têm sido reportados casos de transplante hepático devido a hepatotoxicidade ao metotrexato);
- Factores endocrionológicos (a obesidade: um índice de massa corporal mais elevado também tem sido objecto de muitos estudos e os achados mostram um aumento no risco e agravamento, no entanto ainda não está clara a sua implicação no surgimento da doença).