Informação sobre psoríase, causas, sintomas e tratamento da psoríase, com diagnóstico do grau de gravidade de cada situação e dando dicas para que quem sofre com psoríase, doença crônica infecciosa, possa melhorar a sua qualidade de vida.


Epidemiologia da psoríase

A psoríase é uma doença inflamatória cutânea, crónica com períodos de agudização e remissão com durações variáveis, que afecta 1-3% da população mundial. Atinge igualmente homens e mulheres e pode surgir em qualquer idade, embora com uma distribuição etária bimodal, com um pico dominante antes dos 25 anos e outro entre os 50-60 anos. Estudos epidemiológicos demonstram claramente que a incidência da psoríase é maior nos familiares em 1º e 2º grau dos doentes, do que na população em geral. Se um dos pais tem psoríase, a probabilidade de o filho vir a ter a doença é de 8%, enquanto que se ambos os pais a tiverem essa probabilidade aumenta para 41%. Também estudos em irmãos gémeos mostraram doença concordante em 73% dos gémeos monozigóticos comparativamente com 20% em gémeos heterozigóticos.
A psoríase de início precoce (também designada psoríase tipo I), ao contrário da psoríase de início tardio (psoríase II), está associada a uma maior prevalência familiar e tendencialmente é mais grave e mais instável.
A psoríase tem um padrão de hereditariedade poligénico, tendo sido identificados uma série de genes de susceptibilidade designados PSORS, sendo o de maior importância localizado no cromossoma 6p21 (PSOR1). Factores ambientais, tais como infecções, fármacos, traumatismos e stress poderão desencadear o aparecimento das lesões em indivíduos geneticamente predispostos. Em muitos doentes não se consegue, no entanto, identificar nenhum factor desencadeante.
O aspecto morfológico das lesões, a extensão, o padrão de distribuição, a evolução e a gravidade são, no entanto, muito variáveis e permitem a classificação da doença em padrões clínicos que podem coexistir num mesmo doente.

Psoríase artropática

A psoríase artropática é uma doença inflamatória das articulações do corpo que pode causar deformidades – muitas vezes permanente – exigindo diagnóstico preciso e tratamento precoce. Seu desencadeamento se dá por meio de um fator ambiental, como uma infecção ou pelo fenômeno de Koebner. Quase sempre está associada a psoríase de pele ou unha, embora possa aparecer sem nenhum sinal externo, o que dificulta o diagnóstico.
Quando está presente a psoríase artropática nos dedos das mãos, as chances para se encontrar psoríase nas unha é maior que 86%.

Psoríase ungueal

Em até 90% dos casos a psoríase pode envolver as unhas, correspondendo a um grande estigma da doença, pois interfere nas relações sociais e atividades de trabalho. As alterações ungueais observadas nos pacientes com psoríase dependem do local da unha envolvido e podem ser caracterizadas por depressões cupuliformes e puntiformes (pitting), descoloração, hipequeratose subungueal, estrias longitudinais e onicólise.

Psoríase pustular

A Psoríase pustular se caracteriza por pústulas estéreis sobre a pele. Não é uma doença infecciosa, portanto não é contagiosa, pois, o pus consiste de glóbulos brancos acumulados. Pode se localizar em certas áreas do corpo tais como mãos, pés ou pode se generalizar. Tende a manifestar-se em 3 fases cíclicas, eritema (vermelhidão), formação de pústulas e descamação da pele.

Psoríase eritrodérmica

Normalmente a psoríase eritrodérmica caracteriza-se por lesões generalizadas, abrangendo extensas áreas do corpo ou sua totalidade aparece sobre a pele como uma vermelhidão e escamação fina, freqüentemente acompanhada por prurido intenso e dor, podendo ocorrer inchaço. O aspecto da lesão pode ser confundido com o de um indivíduo acometido de queimaduras, em função do comprometimento da pele.

Psoríase inversa

A Psoríase inversa apresenta um padrão inverso aos outros tipos de lesões. Localiza-se nas zonas das dobras cutâneas, nomeadamente axilas, virilha, embaixo das mamas, dobra do cotovelo, dobra do joelho.
Caracterizam-se por lesões mais úmidas, planas e inflamadas sem escamação e particularmente sujeitas à irritação devido ao atrito e ao suor. Essas lesões são eritematosas, com placas brilhantes sem escama que podem confundir com intertrigo e infecções por cândida e dermatófitos.

Psoríase palmoplantar

Cerca de 12% dos pacientes podem desenvolver a psoríase somente nas mãos e pés. As placas geralmente são bem delimitadas e podem ser tanto finas como espessas, provocando fissuras e dor, atingindo apenas pequenas áreas de maior atrito ou sua totalidade.